Indomável

O meu coração eu nunca aprendi a domar.

Ele corre os ventos, corre o tempo e perde-se no mar.

Corcel de fogo é este meu coração.

Não se firma nos prados, não precisa ter razão.

Alado corcel, feito de pedras e feito de águas.

Tem fome, tem sede, mas não se alimenta de mágoas.

É inquieto, peculiar em sua forma de amar.

E, que precipício poderá impedi-lo?

Qual obstáculo poderá pará-lo?

Que motivo irá destruí-lo?

Como eu não irei perdoá-lo?

Pois, ele não me pertence, eu é que sou pertencida em segredo.

E nós, juntos, esperamos o dia em que alguém possa conter-nos.

Fernanda Rafaela