INVERNO


O som da chuva no telhado,
O cheiro da terra molhada,
Os céus tão negros; nublado.

Ventos fortes que pela estrada
Uiva aos quatro cantos
Os pensamentos do moço pela amada.

Os pássaros em destemidos prantos
Cantam em desafio à chuva,
Por entre a mata por entre os mantos

Por entre a relva que se turva
Na minha janela embaçada,
Na tarde que se curva.

E na noite que não tarda
O temporal não cessa
Em saudade que me mata
na lágrima que não seca.


Fernanda Rafaela

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