Labirinto


Olho para mim; vejo um labirinto
e nele sinto, ser sempre escuridão;
mesmo ao raiar do dia.
Não exigi nada nunca;
a única coisa que realmente desejei
Foi-me arrancada de súbito,
num lance covarde.
O cansaço que sinto
tem o peso das frustrações passadas,
Realidades que só vejo pela metade,
Nunca concretizadas.
A minha percepção de futuro fica distorcida,
estreita-se nas vielas mortas
Dos meus sentidos e se perde no que hoje é depressão.
Paro ante os caminhos que não tenciono trilhar,
Ante a estática que se tornou minha vida.
Aguardo a salvação desta alma;
enfraquecida de tantas quedas,
Esperando encontrar descanso
em braços que me lembrem de alguma maneira; um lar.




Fernanda Rafaela 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

:a   :b   :c   :d   :e   :f   :g   :h   :i   :j   :k   :l   :m   :n   :o   :p   :q   :r   :s   :t

Dê sua opinião a respeito do poema, ou deixe uma frase.